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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dificuldades em lidar com o meu filho? Será que está em Depressão? O que é uma depressão? O que fazer?

- Tendo em ponto de vista, a flutuação do amor e dos afectos, frequentemente verificada, só pode ser reintegrada no campo da normalidade pondo, deste modo, a questão dos limites dos estados Depressivos identificados como patológicos.

É claro que este problema, não é específico da adolescência mas adquire uma acuidade particular, dimensão essa que os resultados de diversas investigações epidemiológicas mostram claramente, tal como as dificuldades em colocar “ a depressão” do adolescente num quadro nosográfico rigoroso.
À abordagem nosográfica baseada no modelo de compreensão dito categorial em que estados patológicos, em particular os depressivos, constituem tantas identidades distintas umas das outras e da normalidade, opõem-se a compreensão psicodinâmica e psicoterapêutica onde domina o modelo de compreensão dimensional constituído por um “continuum” que vai de mais normal ao mais patológico, sem “solução de continuidade” muito clara. No entanto na sua intervenção o clínico necessita de critérios de julgamento e de avaliação, sem os quais esta arrisca-se a ser entregue a uma pura subjectividade. Isto leva-nos apresentar a clínica dos estados depressivos na adolescência como sendo construída por uma serie de quadros clínicos ou de estados ligados uns aos outros, podendo eventualmente suceder-se, mas apresentando diferenças identificáveis, que podem suscitar atitudes terapêuticas diferentes.
Sendo este os Quadro Clínicos patológicos a depressão na adolescência:

- Morosidade
- A crise Ango-depressiva
- O episódio depressivo Major
- A Depressividade.

Falando em cada ponto especifico para tentar diferenciar os estados depressivos no seu filho;

TRISTESA E MOROSIDADE NA ADOLENSCENCIA.

Por tristeza designamos os afectos, as emoções, as sensações de natureza triste porque sente num dado momento um adolescente uma grande parte que eles próprios auto intitulam “a fossa”.
O aborrecimento é um dos estádios em que os jovens adolescentes costumam ter presente no dia-a-dia perante a sociedade e todo o mundo.
O aborrecimento caracteriza-se por uma falta de interesse, uma sensação que o tempo não passa, que não vale a pena esforçar-se para obter algo, em que tudo é sempre igual (pensamentos dos adolescentes). No entanto, na base do aborrecimento existe enumeras espécies de espera: o aborrecimento e caracterizado por uma espera ténue de algo e por uma incapacidade de suportar esta espera.
Se encontramos o aborrecimento em todas as idades, é talvez na adolescência que o mesmo constitui a sensação mais frequente e mais duradoura, o adolescente aborrece-se, só ou em grupo, os amigos aborrecem-no, os pais aborrecem-no, o mundo simplesmente aborrece-o…
Tendo no ponto de vista, o aborrecimento pode ser uma defesa contra emoções e pulsões vividas com uma intensidade excessiva. No entanto, pode ser acompanhado por uma inibição de afectos, motora, do pensamento e pode acentuar o desinvestimento.
O aborrecimento corresponde, em termos psicopatológicos a uma tentativa de afastamento do objecto em causa.
No entanto, a experiencia do aborrecimento e essencial na adolescência, com a concomitante experiencia do tempo vivido. Para o psicanalista o aborrecimento corresponde, em paralelo, a uma erotização do sentimento de adoração, a uma tentativa de controlo anal do tempo. no decorrer das cura analíticas, é frequentemente utilizado o aborrecimento um impedidor do aparecimento das emoções depressivas e, a este nível, pode ser considerado como uma defesa contra a depressão.

A MOROZIDADE

A morozidade trata-se de um aspecto em particular como retratei a pouco “a fossa”, de todo o adolescente, tendo sido descrito inicialmente pelo psicanalista Pierre Mâle. Para este último: “não encontramos ainda outras palavras para definir este estado particular em alguns adolescentes, que não e a depressão o seu carácter de angústia, de inibição formal, de culpabilidade expressa, sendo também não psicótica ou psicose… é um estado de manifestação, sobretudo, uma recusa interna em investir num mundo dos objectos, dos seres, e principalmente de si próprio… para o adolescente, nada serve para nada, o mundo fica vazio.
Isto pode parecer depressivo, mas não é integrado no quadro tímico. São compatíveis com uma energia aparentemente conservada, que actualmente é muito frequente, assim Pierre Mâle dá-nos a entender a diferença entre a depressão e a sensação ténue, difusa, e no limite normal e do patológico. Podemos encontrar algumas linhas comparáveis ao aborrecimento e á morozidade, sendo a morozidade um estado instável, susceptível mudar, mantendo o adolescente num estado de desinvestimento, mas, simultaneamente, também pronto em investir em algo, num estado de expectativa, contestando qualquer esperança.

O HUMOR DEPRESSIVO

É um olhar desvalorizante sobre si próprio que vem colorir de desprezar as representações, as actividades e aos seus afectos. Este humor depressivo pode ser acompanhado por crises de choro e impressões de tristeza geral.
Mas, o que caracteriza mais na adolescência, são as mudanças bruscas e repentinas do humor, é uma espécie de instabilidade afectiva ligada a sucessão de imagens mentais de uma espécie de tristeza a uma relativa excitação aquando de um telefonema de um amigo que passa, do aparecimento de uma ideia, que o tira dessa mesma tristeza.
Estas mudanças bruscas de humor levam o adolescente a passar de fases de exuberância ou de júbilo a momentos de isolamento e de choro. Só no seu quarto, o adolescente é tomado por crises de choro ao longo do dia ou, mais frequentemente, á noite. Esta labilidade emocional pode levar os pais a pensar que o adolescente não é sincero, o que seria um erro grave e crítico, precisamente, esta labilidade emocional é característica da adolescência podendo também ser uma das causas do sofrimento psíquico deste período.
Este humor depressivo pode durar duas a três horas, por vezes todo o dia, excepcionalmente três a quatro dias ou mesmo a semana toda. Quando existe um prolongamento do humor depressivo representa uma ameaça, podendo levar a um estado depressivo duradoiro no qual se associam as outras manifestações evocadas em cima.
Nesta fase caracterizada pela tristeza ou morozidade, o humor depressivo é, em geral, isolado ou acompanhado de forma transitória por alguns sintomas:
- Ansiedade mínima,
- Dificuldade discreta de adormecimento quando a tristeza predomina á noite, sensação de incapacidade acompanhada, por vezes, de uma discreta baixa do investimento escolar, recriminações para com os pais… podem ocorrer ideias de morte até mesmo um gesto suicida no contexto meramente impulsivo. Estes sintomas são sempre intermitentes. O adolescente mantém as suas actividades, os seus investimentos positivos como por exemplo, na escola, culturais, desportivos, afectivos, etc. quaisquer que sejam…
Em alguns casos, face a este humor depressivo, o adolescente pode adoptar comportamentos de luta, sobretudo quando receia a instalação de um estado depressivo mais duradouro. De entre esses comportamentos de luta, temos que citar as passagens ao acto: andar de mota a toda a velocidade, beber álcool, tomar um produto excitante, as drogas, ou mesmo, passar ao acto suicida…
Se a tristeza, o aborrecimento, a morozidade, não pertencem exactamente ao campo patológico tais estados podem rapidamente conduzir ao domínio patológico através dos diversos comportamentos como tinha citado anteriormente.
Quer se trate de aborrecimento, de tristeza ou de humor depressivo, é preciso insistir na intermitência destes estados, nas suas flutuações e nas suas rápidas alterações. O estado afectivo de base, permanece permeável as modificações, quer venham do meio ou da sucessão de pensamentos. Muitos adolescentes conhecem estes estados e, nas investigações e nas sondagens mais de metade destes indivíduos reconhece ter tido o tal momento, o momento depressivo, sem ter sido de grande duração. A flutuação, no aspecto temporário, são características essenciais o que deferência estes estados, dos observados na semiologia da depressão na adolescência. Encontramos aqui as diferenças importantes que a prevalência se sinaliza nos estudos epidemiológicos, segundo se considere o episódio depressivo major ou o conjunto dos problemas depressivos, como por exemplo, morozidade, crise ango-depressiva, depressividade e episódios depressivos major, distenia… quaisquer que sejam as designações atribuídas a estes estados no momento da adolescência.

A CRISE ANGO-DEPRESSIVA

Mais importante do estado de tristeza e de morozidade que acabamos de descrever, em alguns casos, o adolescente atravessa uma crise, por vezes, exclusivamente depressiva, mais comummente designada por ango-depressiva. Próxima da síndrome de ameaça depressiva esta crise ango-depressiva manifesta-se através dos seguintes sintomas:

- O aparecimento de ansiedade, até mesmo de angustia, com o seu sequito habitual de manifestações somáticas, quando é importante palpitação, sudação das mãos, nó na garganta ou sensações de desmaios, etc. Esta ansiedade é, muitas vezes, a primeira manifestação que precede a semiologia de cariz depressivo, que por vezes é alimentado pelo medo da tristeza. O adolescente receia os afectos de morozidade, tão só tristeza, assim como os pensamentos que acompanham estes afectos. Pouco a pouco, vão surgindo outros sintomas.

- O humor triste entrecruza frequentemente o estado ansioso. As crises de choro são particularmente frequentes, quotidianas ou pluriquotidianas. No discurso destas crises de choro, o adolescente pode ser invadido pelo receio de rebentar, de por ideias de morte, pensamentos suicidas.

- Dificuldades no sono: dificuldades de adormecimento, despertares nocturnos, pesadelos…

- Perturbações alimentares: em especial crises de bulimia com ou sem vomito espontâneo ou provocado ou, mais raramente, perde de apetite.

- Um discreto sentimento de desvalorização explícito sobre a forma de um receio particular relativamente a escolaridade. Quando aparecem dificuldades discretas de atenção e, como consequência, as notas escolares descem, pode desencadear-se uma reacção de catástrofe, vindo esta mesma de baixa rendimento justificar e reforçar o sentimento de desvalorização.
- São também frequentes ideias de morte, tal como uma tentativa de suicídio (em geral por medicamentos ou por automutilação), mais frequentemente no contexto reactivo e impulsivo.







. Em seguida falarei da evolução e relação temporal entre ansiedade e depressão, o síndrome depressivo grave e a diferença em relação ao adulto deprimido, a depressividade na adolescência e o problema dos equivalentes depressivos.

domingo, 30 de maio de 2010

Em que vivemos?


A inspiração advém, do que passaste, do que sofreste, daquilo que simplesmente és...
O que sou? O que não sou?
O que é que importa descobrir aquilo que somos, se somos manipulados por uma Sociedade Completamente Anarca, onde não existem regras, onde simplesmente fazem de ti uma marionete, num palco onde não podes exibir a tua peça, mas sim a peça que eles querem...
A sociedade é composta por duas grandes classes: aqueles que têm mais jantares que apetite e os que têm mais apetite que jantares...
É preciso que a sociedade tenha ódios para fazer as transformações com que progride, tal como a terra precisa de ser lavrada para ser fértil, toda a sociedade que pretende assegurar a liberdade aos homens deve começar por garantir-lhes a existência...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ansiedade, TABU para todos!




- A ansiedade é importante, quando se encontra na dose certa. Dá energia e forças para vencer os desafios e lutar contra as dificuldades. Quando é exagerada, torna-se paralisadora.
- E quando o desconforto e o sofrimento dificultam a entrada numa nova situação, que poderia até parecer um promissor desafio? E quando a incompreensão das pessoas aumenta a vergonha, a dificuldade de enfrentar e a vontade de fugir? E quando isto se passa com crianças ou mesmo em Adultos (cada vez mais usual)?
- Primeiro dia de entrada na escola, primeiro dia do 2.º ciclo, primeiro dia do ensino secundário, primeiro dia de entrada na universidade, o primeiro dia de trabalho, ou mesmo enfrentar o chefe?
Estas são algumas datas marcantes na vida de um ser humano. São momentos de felicidade, mas também de alguma angústia. Angústia que acompanha igualmente, muitas vezes, os testes e, principalmente, os exames e a confrontação!

- A ansiedade é importante, quando se encontra na dose certa. Dá energia e forças para vencer os desafios e lutar contra as dificuldades. Quando é exagerada, aí, torna-se paralisadora, bloqueador o pânico. O medo tolhe a acção, ou esta, torna-se muito penosa, muito sofrida, ou mesmo marcante para o resto da vida.

Como por Exemplo:

- Muitos se lembrarão de Fernando Mamede, um excelente atleta que, com a sua velocidade, chegou aos Jogos Olímpicos. O peso da responsabilidade de competições tão importantes, contudo, gerava nele uma ansiedade excessiva, produzindo pensamentos e emoções que o impediam de conseguir concretizar e concentrar-se, o que lhe era fácil quando livre dessa terrível ansiedade. Muitos portugueses não compreenderam o sofrimento deste atleta, que viu o seu esforço para atingir um sonho desfeito de forma inglória e dirigiram-lhe inúmeras acusações. São também muitos os familiares e os professores que não compreendem o sofrimento implicado pela ansiedade excessiva das crianças/jovens estudantes. "Isso é mimo", "Dois estalos e passava tudo", frases proferidas explicitamente ou nas entrelinhas do discurso, provocam-me revolta e levaram-me a escrever este artigo.

- À entrada das escolas, nos seus bancos, em casa antes da ida ou depois da chegada, muitas crianças sofrem dessa ansiedade face à escola. Pode ter a ver com a adaptação. Pode ter a ver com a realização de testes/trabalhos de avaliação/exames. Pode ter a ver com o convívio com os colegas. Pode ter a ver com o relacionamento com determinado professor, pode ser o relacionamento com os pais, ou mesmo momentos e recalcados no seu passado… Enfim, as causas podem ser muitas. Se algumas das crianças contam aos pais ou a um professor o que se passa, outras sofrem em silêncio. Com frequência são crianças bem-comportadas, muitas vezes até com muito bom rendimento escolar, ou então não…
Perante os silêncios, o problema tem que ser descoberto pela leitura dos sinais, em casa e/ou na escola: crianças que ficam sozinhas nos recreios ou procuram retardar a saída da sala de aula; crianças que têm dores de barriga, vómitos, ou dores de cabeça na véspera das aulas; crianças que, aparentemente sem razão, perdem o apetite ou mostram uma tristeza que não é habitual; crianças que choram sem apontarem motivo; crianças que se recusam a ir para a escola.
Tudo isto tem um significado! Tudo tem uma explicação plausível! Basta darem ouvidos e estarem preparados para serem pais ou professores.
Preocupa-me o facto de estas crianças ou mesmo adultos darem estes sinais e serem completamente desprezados, pois então, ficam a saber que isto é uma psicopatologia tratável na entrada da adolescência e mesmo na adolescência, sendo tal desprezada, pode gerar um problema crónico, depressões crónicas e ataques de ansiedade e de pânico constantes sem qualquer controlo.


- Descoberto o problema, é necessário iniciar uma intervenção que envolva o aluno, a família e a escola. Frequentemente, o início exige o combate a ideias como;
"Alguma coisa fizeram ao meu menino na escola.", "Isto é tudo mimo e passa com umas boas palmadas.", "Os pais estragam as crianças com mimo.", "O meu papel é ensinar, não é aturar estas "maluquices", "Parece mesmo um betinho.", Correspondentes a pais, professores ou pares da criança. A colaboração do Serviço de Psicologia e Orientação pode ter uma crucial importância, sendo um obstáculo de monta a sua inexistência em muitas escolas e a insuficiência de técnicos noutras em que o Serviço existe. Descobrir as causas dos medos (nem sempre conscientes para quem os sofre) é importante para estabelecer um plano de "ataque" gradual, com etapas que, envolvendo um certo grau de dificuldade para a criança, não sejam, no entanto, tão inexequíveis que a impeçam até de tentar. Alcançadas as primeiras vitórias, redefinem-se os objectivos, estabelecendo-se uma nova etapa. Este processo pode sofrer avanços e recuos (Como Qualquer Tratamento) e os adultos nunca devem colocar PRESSÃO. Devem antes servir de apoio, de conforto, de estímulo, de promotores de confiança. Os ganhos são festejados. Os retrocessos são devidamente enquadrados e desvalorizados.

- A ajuda a estas crianças requer persistência e uma grande compreensão. A batalha começa, como já referi, na luta contra os preconceitos e na aceitação de que a escola e os pais têm que dar as mãos na ajuda aos alunos, e não só. A escola joga um papel muito importante junto dos colegas destas crianças, criando estratégias de socialização que impeçam que elas sejam ostracizadas e que promovam a sua integração. Não deve ser posto de parte, quando os problemas persistem, o recurso a técnicos de saúde especializados, psicólogos, pedopsiquiatras é bastante importante.

- Quantas vezes não se consideram alunos com problemas apenas aqueles que têm mau comportamento ou mau aproveitamento! Sendo ignorados os olhares tristes de alunos que se comportam de acordo com o esperado pelo sistema! Quantas vezes o mau aproveitamento ou o mau comportamento não podem advir de problemas de ansiedade!

- Ajudar as crianças a lidarem com situações novas ou desconfortáveis estando ao seu lado e ajudando-as a procurar e utilizar estratégias adequadas.
Isto é contribuir para a sua felicidade presente e para a formação de adultos equilibrados e felizes.

Cada um fala por Si

"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Falar Sobre Drogas!


Falar sobre drogas deixou de ser um "tabu", na sociedade, e a % de jovens consumidores Aumentou 45%...
Não se pode dizer que há uma única razão que leve ao consumo de drogas mas sim vários factores que podem influenciar o consumo ou o não consumo.
Estes factores podem ser individuais, sociais, familiares, ambientais e inerentes a cada substância.
- Cada vez existe mais informação sobre, as drogas, e os seus efeitos, mas não deixa de ser um acto praticável pela juventude, casualmente ou mesmo diáriamente!
Assim, podemos dizer que o "fruto poibido é o mais apetecido"....
Tendo as Suas Consequências. A Curto e a Longo Prazo.


Vou falar das Drogas leves onde tudo começa!

Nome científico: "Canabinóides"
Nomes de Rua: Chamon, Charro, Chocolate, Erva, Ganza, Hax, Hash, Liamba


- A cannabis, a mais popular das drogas ilegais, pode ser conhecida por diferentes nomes de rua como charro, chamon, liamba, erva, chocolate, tablete, taco, curro, ganza, hax, hash, maconha, óleo (óleo de haxixe), boi ou cânhamo. Os canabinóides são derivados da planta Cannabis Sativa e são considerados drogas psicadélicas (leves), alucinogéneas ou depressoras.

"Existem três formas de preparação":

•"marijuana ou erva" - preparada a partir das folhas secas, flores e pequenos troncos da Cannabis Sativa. Provém de várias “castas”, sendo a mais forte o Skunk (quanto mais forte, maior a quantidade de THC, a substância que provoca os efeitos).
•"haxixe" – preparado a partir da resina da planta fêmea, a qual é transformada numa barra de cor castanha, com o nome coloquial de "chamom". É potencialmente mais tóxico do que a marijuana, dado que o seu conteúdo em THC (até 20%) é superior ao desta (de 5% a 10%). Os tipos de resina ou haxixe mais comuns são o marroquino, o libanês e o pólen.
•"óleo de cannabis ou óleo de haxixe" – preparado a partir da mistura da resina com um dissolvente (acetona, álcool ou gasolina), que se evapora em grande medida e dá lugar a uma mistura viscosa, cujas quantidades em THC são muito elevadas (até 85%).
Estas substâncias são principalmente consumidas por ingestão e inalação. Quando fumada, a cannabis é misturada com tabaco em cigarros feitos manualmente ou em cachimbos. Em algumas culturas africanas ou do Caribe, bebem-se tisanas feitas com esta droga e água. Pode também ser preparada sob a forma de bolos (neste caso os seus efeitos são intensificados).

Apesar de ser principalmente usada para fins recreativos e sociais, terapeuticamente podem ser utilizada como antiemético oral para tratar as náuseas provocadas pela quimioterapia ou como relaxante.

A substância activa (delta9-tetrahidrocanabinol ou “THC”) é responsável por quase todos os efeitos característicos destas substâncias. As cannabináceas são absorvidas pelo pulmão ou pelo tracto gastrointestinal com rapidez, sendo depois assimiladas pelas gorduras do organismo, libertando-se no plasma. No Sistema Nervoso Central, o THC actua sobre um receptor cerebral específico, sendo a maior concentração nos gânglios basais, hipocampo e cerebelo.



ORIGEM:

- Os canabinóides derivam da planta Cannabis Sativa que é originária da zona do Mar Negro e do Mar Cáspio. Esta planta é utilizada há 12 000 anos como fonte de fibras para vestuário e cordoaria.

A primeira referência encontrada relativa a esta planta data de 2 737 anos A.C. e foi encontrada na farmacopeia do imperador Shen Nuna, sendo recomendada para tratar a malária, dores reumáticas e desordens femininas. Nos textos sagrados do hinduísmo, em particular no Atharva Veda (3.000 anos A.C.), existem também referências a esta planta. Foi sempre bastante popular no meio médico e farmacológico, embora as suas indicações terapêuticas sejam um pouco confusas. Na altura, parecia existir a crença de que a planta ajudava a diminuir o mal-estar provocado por "desarranjos" cíclicos ou crónicos. Até o Velho Testamento faz referência a esta planta (com o nome de kalamo) quando Salomão canta e louva as suas propriedades.

Em termos de consumo psicoactivo, é também uma das primeiras drogas com este tipo de evidências. A “História das Guerras Médicas” de Heródoto relata como os Escitas (povo da zona de origem da Cannabis Sativa) consumiam a planta para se intoxicarem (2.500 A.C.). No século XII, o Santo Ofício acusou qualquer pessoa que usasse cannabis de bruxaria, acusando inclusivamente Joana D’Arc, em 1430, de usar várias ervas para “ouvir vozes”. Nos séculos XII e XIII verifica-se um alargamento da sua utilização no mundo islâmico. No Egipto, existia tolerância em relação ao seu consumo, tendo este a função de diferenciar os integrados e os excluídos da sociedade, como foi descrito nas "Mil e uma Noites". A campanha de Napoleão no Oriente contribuiu também para a expansão desta droga, levando-a até aos meios letrados europeus.

A Cannabis Sativa foi introduzida nas Américas pelos espanhóis aquando das descobertas, tendo sido plantada no Chile no final do século XVI. Contudo, existem também teorias que defendem que esta planta existia no continente americano muito antes da sua descoberta. O rei Jaime I incentivou os colonizadores britânicos na América do Norte a cultivar a planta para conseguirem materiais para produção de cordas e velas para os navios da Armada Real. Mais tarde, durante a 2ª Guerra Mundial, o Departamento da Agricultura voltou a incentivar a plantação para produzir fibras para a indústria têxtil.

No século XIX, intelectuais e escritores europeus difundem no Ocidente o uso recreativo da Cannabis Sativa, enquanto que o médico particular da rainha Vitória da Inglaterra, após ter estudo a planta durante cerca de 30 anos, recomenda-a para casos de enxaqueca, insónia senil, depressões, estados epilépticos, cólicas e ataques de asma. De facto, durante todo este século, centenas de estudos e artigos foram produzidos a propósito das propriedades medicinais desta planta.

Nos anos 20, durante a Lei Seca dos Estados Unidos, assistiu-se a um aumento do consumo da cannabis como substituto do álcool, chegando a existir 500 "casas de haxixe" em Nova York. Dez anos mais tarde, o álcool volta a ser legalizado e a cannabis proibida. Para a proibição da droga, em muito contribuíram as acções de Anslinger que liderava o movimento de proibição ao álcool. Através dos seus filmes de propaganda, conseguiu veicular a ideia de que esta substância poderia tornar anjos em demónios.

Até ao início dos anos 60, o uso de cannabis estava restrito a um grupo reduzido de jovens estudantes e artistas. A partir desta altura tem um rápido crescimento, atingindo o seu auge com os hippies, que adoptaram esta droga como o seu principal símbolo. No final dos anos 70, este mercado era responsabilidade de vários pequenos importadores, existindo pouco intermediários entre esses e os consumidores, situação que rapidamente foi modificada devido à influência da proibição. O aumento da procura teve como consequência a apropriação do mercado grossista pelo sector criminal. Após este rápido crescimento, surgiu uma época de estabilização da procura, apesar de nos últimos anos ter surgido nova situação de crescimento rápido na Europa e Estados Unidos(Vendo também um aumento de popolação).

O consumo de cannabis, embora ilegal, é tolerado na Holanda desde 1976, sendo vendida nos chamados “Coffee Shops” livremente, desde que se cumpram determinadas restrições. Neste país houve um ligeiro aumento do número de consumidores, depois de vários anos com um número estável. Contudo, a Holanda mantém um número de utilizadores de cannabis na média europeia, acima do número de consumidores noutros paises europeus com políticas mais proibicionistas. Nos Estados Unidos, país com políticas extremamente duras em relação às drogas, o consumo não tem parado de aumentar.

Actualmente, os principais centros de produção estão a deixar de se localizar apenas no sul devido à maior tolerância e mudanças culturais dos países do norte. O principal produtor são os Estados Unidos, em particular alguns estados o norte e centro do país. Dado a sua fácil adaptação a qualquer clima e à acção do homem, a Cannabis Sativa espalhou-se por todo o planeta.



EFEITOS:

Os canabinóides podem provocar prazer, bem-estar, euforia, intensificação da consciência sensorial, maior sensibilidade aos estímulos externos, ideias paranóides, confusão de pensamentos, sonolência, relaxamento, instabilidade no andar, alteração da memória imediata, diminuição da capacidade para a realização de tarefas que requeiram operações múltiplas e variadas, lentificação da capacidade de reacção, défice na aptidão motora ou interferência na capacidade de condução de veículos e outras máquinas.

Quando ingerida em lugares desconhecidos com pessoas com pouca experiência, esta droga pode ter efeitos negativos como sintomas de ansiedade e ataques de pânico, aos quais se podem acrescer sintomas de depressão.

Em termos físicos pode ter consequências como o aumento da pressão arterial sistólica quando se está deitado e diminuição da mesma quando se está de pé. Aumento da frequência cardíaca, congestão dos vasos conjuntivais (olhos vermelhos), diminuição da pressão intra-ocular, foto-fobia, dilatação dos brônquios, tosse ou diminuição do lacrimejo.

Estes efeitos surgem repentinamente e persistem durante 2 a 4 horas, variando consoante as doses, da potência da droga, da maneira como é consumida, do humor do consumidor e das experiências anteriores.



RISCOS:

-Doses elevados podem provocar ansiedade, alucinações, ilusões e sensações de paranóia, resultando em sintomas de uma psicose tóxica.

-O consumo crónico pode também implicar o empobrecimento da personalidade que pode manifestar-se através de apatia, deterioração dos hábitos pessoais, isolamento, passividade e tendência para a distracção. De destacar é o “síndroma amotivacional” que se faz acompanhar de uma diminuição da capacidade de concentração e memorização.

-O consumo de canabinóides pode colocar o indivíduo em risco de desenvolver bronquite e asma. Para além disso, risco de cancro do pulmão aumenta, uma vez que o fumo é inalado mais profundamente. A nível endócrino, salienta-se a possível diminuição da testosterona, inibição reversível da espermatogénese no homem e a supressão da LH plasmática, que pode originar ciclos anovulatórios na mulher.

-As mulheres com consumos crónicos podem vir a ter filhos com problemas de comportamento.

-Torna-se perigoso misturar cannabis com álcool dado que a mistura pode provocar um colapso temporário e vómitos.

A possibilidade de overdose não se coloca. Seria necessário ingerir ou consumir doses astronómicas para causar overdose..
Ainda não são completamente conhecidas as consequências que a cannabis poderá ter para a saúde dos seus consumidores.

"Tolerância e Dependência".

-A tolerância ocorre apenas em grandes consumidores e a dependência é também reduzida.

Síndrome de Abstinência

-A síndrome de abstinência é leve e pode manifestar-se através de ansiedade, irritação, transpiração, tremores ou dores musculares.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ordem do Médicos: Homossexualidade não é doença!


O Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos emitiu, esta terça-feira, uma nota onde considera que a homossexualidade não é uma doença, mas sim uma variante do comportamento sexual.
Pedindo ajuda ao "Colégio de Psiquiatria" para decidir uma opinião mais formada!
No ambito do Colégio de Psiquiatria a possibilidade de um tratamento da homossexualidade implicaria, nos tempos actuais, a violação de normas constitucionais e de direitos humanos, no entanto, e porque o comportamento e desejo sexuais, e não só o homossexual, são frequentemente fonte de conflitos e sofrimento, as pessoas podem recorrer ao seu médico, psiquiatra ou psicoterapeuta.
Acho que temos que abrir os Horizontes neste campo sem dúvida nenhuma, mas vejamos, a OMS(Organização Mundial de Saúde) emitiu um parecer completamente diferente!
Dizendo que a homosexualidade é uma patologia!
Ainda outro ponto, sendo a homosexualidade um comportamentp e um desejo sexual, têm conflitos e sofrimento, logo temos que incluir isto na lista do livro de psicopatologias, mas a homosexualidade não é uma patologia!

Isto dá assunto para discutir uma eternidade, embora, eu pense que temos que abrir os nossos horizontes, e se faz parte da nossa Sociedade, temos que lidar com tal assunto...
Gostei de ler os Comentários do Professor Doutor Daniel Sampaio, dizendo (...)"O que está correcto é atendermos no hospital ou no nosso consultório os homossexuais, heterossexuais e os bissexuais que possam ter dúvidas sobre a sua orientação sexual», defendeu acrescentando que "a homossexualidade não tem um cunho biológico marcado, nem existe homossexualidade primária, nem secundária e, portanto, não faz sentido considerá-la uma doença".
Apesar, de discordar um pouco a "parte biologica", concordando assim um pouco com a OMS. Existem pessoas que nascem, com mais genes femeninos doque masculinos, ou vice-versa, a maioria dessas pessoas apesar de serem masculinos ou femeninos, iram "inclinar-se" para o lado dos genes, e isso já passa a ser uma patologia.

Um assunto que dá "panos para mangas", o exemplo disso é mesmo a nossa Assembleia da Republica que já anda a falar nisto há imenso tempo e não se resolve, porque será?
Será que alguns deles vivem em dúvida também?
Já para não falar dos nossos problemas económicosocias, mas isso já é fugir ao assunto, enfim....como eu diria, "Quem daria uma lei para amantes? O amor é em si maior que qualquer lei"...